MMA Star Cronics # 4 - 5 conclusões do UFC 134
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MMA Star Cronics # 4 - 5 conclusões do UFC 134
UFC 134: Silva vs. Okami (também conhecido como UFC Rio) foi o ultimo evento realizado pela Ultimate Fighting Championship, decorreu no passado Sábado 27 de Agosto no HSBC Arena (mais de 15000 espectadores) no Rio de Janeiro, Brazil. Tinha a particularidade de ser o segundo evento de MMA produzido pela UFC realizado no Brasil, considerado por muitos a terra mãe do desporto, sendo que com a actual administração da Zuffa era a primeira vez que se realizava tal evento naquele país, logo a expectativa era enorme como referido noutras crónicas. Passados 13 anos, é muito tempo, e o evento prometia muitas emoções, com muitos brasileiros no card, como é normal nestas deslocações ao estrangeiro da UFC, que tornava este card, uma espécie de Brasil contra o mundo!!
Eis os resultados:
Preliminary Card
Combate Bantamweight: Yves Jabouin vs. Ian Loveland: vencedor Jabouin via split decision (27–30, 29–28, 29–28).
Combate Featherweight: Yuri Alcantara vs. Felipe Arantes: vencedor Alcantara via unanimous decision (30–27, 30–27, 29–28).
Combate Welterweight: Erick Silva vs. Luis Ramos: vencedor Silva via TKO (punches) aos 0:40 do 1.º round.
Combate Bantamweight: Raphael Assunção vs. Johnny Eduardo: vencedor Assunção via unanimous decision (30–27, 30–27, 30–27).
Combate Welterweight: Paulo Thiago vs. David Mitchell: vencedor Thiago via unanimous decision (30–27, 30–27, 30–27).
Combate Middleweight: Rousimar Palhares vs. Dan Miller: vencedor Palhares via unanimous decision (29–27, 30–27, 30–25).
Combate Lightweight: Thiago Tavares vs. Spencer Fisher: vencedor Tavares via TKO (punches) aos 2:51 do 2.º round.
Main Card
Combate Light Heavyweight: Luiz Cane vs. Stanislav Nedkov: vencedor Nedkov via TKO (punches) aos 4:20 do 1.º round.
Combate Heavyweight: Antônio Rodrigo Nogueira vs. Brendan Schaub: vencedor Nogueira via KO (punches) aos 3:09 do 1.º round.
Combate Lightweight: Ross Pearson vs. Edson Barboza: vencedor Barboza via split decision (29–28, 28–29, 29–28).
Combate Light Heavyweight: Maurício Rua vs. Forrest Griffin: vencedor Rua via KO (punches) aos 1:53 do 1.º round.
Middleweight Championship: Anderson Silva (c) vs. Yushin Okami: vencedor Silva via TKO (punches) aos 2:04 do 2.º round.
Bónus da noite $100,000.
Fight of the Night: Ross Pearson vs. Edson Barboza
Knockout of the Night: António Rodrigo Nogueira
Submission of the Night: Não atribuído não houve submissões.
5 principais conclusões a retirar do evento:
1 – Anderson Silva não tem concorrência à altura
O fosso entre Anderson Silva e a concorrência é brutal. A cada luta que faz, sustenta ainda mais essa ideia. Pensar que vão 9 defesas de título bem sucedidas, 14 lutas e invicto na UFC, todos os records batidos, luta a Middleweight e a Light Heavyweight e o resultado é o mesmo, chega a ridicularizar os adversários, por muito que o queiram criticar por causa disso, mas o certo é que é de facto o melhor de sempre e ponto final. Até pode vir a surgir o adversário ideal que o consiga bater (Jon Jones, GSP são os mais falados e habilitados para tal segundo a maioria e que partilho) mas nada lhe vai retirar esse título. Vencer Okami com um jab, a fazer lembrar a vitória sobre Forrest Griffin, é o mesmo que dizer que Messi é tão bom jogador que marca golos com o rabo!!! Parecem amadores os adversários frente a ele, e não digam que parecem jobbers, pois se estão lá é porque o mereceram (à excepeção de Demain Maia e Patrick Coté na minha opinião), mas Silva é assim mesmo, é bom, está a outro nível e ponto final. Forrest Griffin brincou na conferência de imprensa ao afirmar que se calhar era melhor ele começar a lutar contra 2 adversários, e se calhar…..
2 – A vitória de Minotauro valeu o bilhete
Estou certo que a luta que os fãs brasileiros (e não só) mais queriam ver a par do combate pelo título de Anderson Silva era o regresso após longos meses de ausência devido a lesão do lendário Nogueira.muitos incluindo Dana White já lhe tinham vaticinado a sua retirada caso perdesse. O carinho que os brasileiros tem por ele ficou demonstrado em muitas ocasiões durante a semana que antecedeu o evento, e ainda mais a quando da sua entrada na arena. O adversário vinha com grande impeto, nocauteando tudo e todos, o último foi também o lendário Cro Cop, e Brendan Schaub não deixava grandes esperanças para os fãs de Nogueira. O certo é que a motivação por lutar pela primeira vez em quarenta lutas na sua carreira em casa, elevou Nogueira a um outro patamar e arrancou para uma vitória estrondosa. Ainda passou por um mau bocado na luta, mas foi capaz de dar a volta por cima, e deixou a arena ao rubro. Se está para ficar o seu momento de forma, duvido, não está para grandes voos nesta fase da carreira, mas voltou a provar que pode animar um evento por si só e os fãs agradecem.
3 – O maior evento de sempre???
Muitos dizem que sem dúvidas que foi, outros torcem o nariz! A atmosfera vivida numa arena é que faz um evento o maior de sempre, ou o card em si e as respectivas lutas? Acho que nunca será consensual a resposta, mas uma coisa é certa, 15000 espectadores conseguiram criar uma atmosfera sem memória na UFC, nem mesmo no UFC 129 com mais de 50000 no Canadá. O UFC 134 foi uma noite memorável, o card construido à volta de brasileiros ajudou e muito para que assim fosse e nem mesmo o maior dos optimistas previa que todos os lutadores da casa (à excepção de Luiz Cane) vencessem os respectivos combates. Vitor Belfort afirmou à tempos que achava que MMA se tornaria maior que o futebol no Brasil, mas o que este evento mostrou foi que as duas modalidades podem coisistir e aliar-se, como foram os casos de patrocínios de clubes de futebol a alguns lutadores. Venham de lá mais eventos no Brasil!!!
4 – Shogun e Griffin deixam muitas dúvidas
Shogun precisa encontrar alguma consistência, é uma afirmação que podemos ter se olharmos para o que tem sido a sua carreira. Vinha de uma derrota muito marcante como foi a perda de título para Jon Jones, e este rematch contra Griffin podia dar resposta a isso. Contudo mesmo com uma vitória por tko, as incógnitas continuam. Isto porquê: primeiro porque o adversário em si, tem sido uma sombra daquele lutador cheio de coração que movia os fãs, anda claramente desinteressado e o seu feitio tem sido cada mais difícil. Se juntarmos a isto o facto de a sua mulher estar prestes a ter um filho na noite da luta, podemos perceber que a sua cabeça não estava no Brasil. E isto tira mérito a Shogun? Por um lado não, Griffin foi batido limpo e batido rápido, mas por outro sou obrigado a pensar que sim, principalmente se pensarmos que não dá para perceber se é o velho Shogun de volta, ou se por obra do destino voltar a lutar contra Jon Jones, não fará a mesma figura que da última vez. A ver vamos o que os próximos tempos lhe reservam e como responde sem ser numa luta em casa e com um adversário “ausente”.
5 – Não houve derrotados na luta da noite
Tecnicamente falando, Ross Pearson perdeu, mas a sua derrota por decisão dividida para Edson Barboza foi uma vitória em todos os outros aspectos. Tornou-se a afirmar como um lutador jovem e promissor, capaz de impor um ritmo elevado em terreno adversário, capaz de obrigar um striker puro como é Barboza (e que promessa este miúdo é) a repensar a sua estratégia para o combate. O ex-vencedor do TUF mostrou desenvolvimento nas suas qualidades e por outro o brasileiro continua invicto. Devo dizer que esperava mais de Barboza, principalmente pela imagem que tem deixado nos seus combates. A vitória apesar de dividida para os juizes, devo dizer que assenta bem ao brasileiro e sem grande polémica, ao contrário de outras decisões divididas. Ambos sairam com imagem reforçada do combate e acima de tudo com a carteira mais recheada, pois a performance valeu-lhes $100 000 como luta da noite.
Espero que tenham visto e gostado do evento, e conto com as vossas opiniões sobre o mesmo e sobre a crónica. Cumprimentos a todos!!
Eis os resultados:
Preliminary Card
Combate Bantamweight: Yves Jabouin vs. Ian Loveland: vencedor Jabouin via split decision (27–30, 29–28, 29–28).
Combate Featherweight: Yuri Alcantara vs. Felipe Arantes: vencedor Alcantara via unanimous decision (30–27, 30–27, 29–28).
Combate Welterweight: Erick Silva vs. Luis Ramos: vencedor Silva via TKO (punches) aos 0:40 do 1.º round.
Combate Bantamweight: Raphael Assunção vs. Johnny Eduardo: vencedor Assunção via unanimous decision (30–27, 30–27, 30–27).
Combate Welterweight: Paulo Thiago vs. David Mitchell: vencedor Thiago via unanimous decision (30–27, 30–27, 30–27).
Combate Middleweight: Rousimar Palhares vs. Dan Miller: vencedor Palhares via unanimous decision (29–27, 30–27, 30–25).
Combate Lightweight: Thiago Tavares vs. Spencer Fisher: vencedor Tavares via TKO (punches) aos 2:51 do 2.º round.
Main Card
Combate Light Heavyweight: Luiz Cane vs. Stanislav Nedkov: vencedor Nedkov via TKO (punches) aos 4:20 do 1.º round.
Combate Heavyweight: Antônio Rodrigo Nogueira vs. Brendan Schaub: vencedor Nogueira via KO (punches) aos 3:09 do 1.º round.
Combate Lightweight: Ross Pearson vs. Edson Barboza: vencedor Barboza via split decision (29–28, 28–29, 29–28).
Combate Light Heavyweight: Maurício Rua vs. Forrest Griffin: vencedor Rua via KO (punches) aos 1:53 do 1.º round.
Middleweight Championship: Anderson Silva (c) vs. Yushin Okami: vencedor Silva via TKO (punches) aos 2:04 do 2.º round.
Bónus da noite $100,000.
Fight of the Night: Ross Pearson vs. Edson Barboza
Knockout of the Night: António Rodrigo Nogueira
Submission of the Night: Não atribuído não houve submissões.
5 principais conclusões a retirar do evento:
1 – Anderson Silva não tem concorrência à altura
O fosso entre Anderson Silva e a concorrência é brutal. A cada luta que faz, sustenta ainda mais essa ideia. Pensar que vão 9 defesas de título bem sucedidas, 14 lutas e invicto na UFC, todos os records batidos, luta a Middleweight e a Light Heavyweight e o resultado é o mesmo, chega a ridicularizar os adversários, por muito que o queiram criticar por causa disso, mas o certo é que é de facto o melhor de sempre e ponto final. Até pode vir a surgir o adversário ideal que o consiga bater (Jon Jones, GSP são os mais falados e habilitados para tal segundo a maioria e que partilho) mas nada lhe vai retirar esse título. Vencer Okami com um jab, a fazer lembrar a vitória sobre Forrest Griffin, é o mesmo que dizer que Messi é tão bom jogador que marca golos com o rabo!!! Parecem amadores os adversários frente a ele, e não digam que parecem jobbers, pois se estão lá é porque o mereceram (à excepeção de Demain Maia e Patrick Coté na minha opinião), mas Silva é assim mesmo, é bom, está a outro nível e ponto final. Forrest Griffin brincou na conferência de imprensa ao afirmar que se calhar era melhor ele começar a lutar contra 2 adversários, e se calhar…..
2 – A vitória de Minotauro valeu o bilhete
Estou certo que a luta que os fãs brasileiros (e não só) mais queriam ver a par do combate pelo título de Anderson Silva era o regresso após longos meses de ausência devido a lesão do lendário Nogueira.muitos incluindo Dana White já lhe tinham vaticinado a sua retirada caso perdesse. O carinho que os brasileiros tem por ele ficou demonstrado em muitas ocasiões durante a semana que antecedeu o evento, e ainda mais a quando da sua entrada na arena. O adversário vinha com grande impeto, nocauteando tudo e todos, o último foi também o lendário Cro Cop, e Brendan Schaub não deixava grandes esperanças para os fãs de Nogueira. O certo é que a motivação por lutar pela primeira vez em quarenta lutas na sua carreira em casa, elevou Nogueira a um outro patamar e arrancou para uma vitória estrondosa. Ainda passou por um mau bocado na luta, mas foi capaz de dar a volta por cima, e deixou a arena ao rubro. Se está para ficar o seu momento de forma, duvido, não está para grandes voos nesta fase da carreira, mas voltou a provar que pode animar um evento por si só e os fãs agradecem.
3 – O maior evento de sempre???
Muitos dizem que sem dúvidas que foi, outros torcem o nariz! A atmosfera vivida numa arena é que faz um evento o maior de sempre, ou o card em si e as respectivas lutas? Acho que nunca será consensual a resposta, mas uma coisa é certa, 15000 espectadores conseguiram criar uma atmosfera sem memória na UFC, nem mesmo no UFC 129 com mais de 50000 no Canadá. O UFC 134 foi uma noite memorável, o card construido à volta de brasileiros ajudou e muito para que assim fosse e nem mesmo o maior dos optimistas previa que todos os lutadores da casa (à excepção de Luiz Cane) vencessem os respectivos combates. Vitor Belfort afirmou à tempos que achava que MMA se tornaria maior que o futebol no Brasil, mas o que este evento mostrou foi que as duas modalidades podem coisistir e aliar-se, como foram os casos de patrocínios de clubes de futebol a alguns lutadores. Venham de lá mais eventos no Brasil!!!
4 – Shogun e Griffin deixam muitas dúvidas
Shogun precisa encontrar alguma consistência, é uma afirmação que podemos ter se olharmos para o que tem sido a sua carreira. Vinha de uma derrota muito marcante como foi a perda de título para Jon Jones, e este rematch contra Griffin podia dar resposta a isso. Contudo mesmo com uma vitória por tko, as incógnitas continuam. Isto porquê: primeiro porque o adversário em si, tem sido uma sombra daquele lutador cheio de coração que movia os fãs, anda claramente desinteressado e o seu feitio tem sido cada mais difícil. Se juntarmos a isto o facto de a sua mulher estar prestes a ter um filho na noite da luta, podemos perceber que a sua cabeça não estava no Brasil. E isto tira mérito a Shogun? Por um lado não, Griffin foi batido limpo e batido rápido, mas por outro sou obrigado a pensar que sim, principalmente se pensarmos que não dá para perceber se é o velho Shogun de volta, ou se por obra do destino voltar a lutar contra Jon Jones, não fará a mesma figura que da última vez. A ver vamos o que os próximos tempos lhe reservam e como responde sem ser numa luta em casa e com um adversário “ausente”.
5 – Não houve derrotados na luta da noite
Tecnicamente falando, Ross Pearson perdeu, mas a sua derrota por decisão dividida para Edson Barboza foi uma vitória em todos os outros aspectos. Tornou-se a afirmar como um lutador jovem e promissor, capaz de impor um ritmo elevado em terreno adversário, capaz de obrigar um striker puro como é Barboza (e que promessa este miúdo é) a repensar a sua estratégia para o combate. O ex-vencedor do TUF mostrou desenvolvimento nas suas qualidades e por outro o brasileiro continua invicto. Devo dizer que esperava mais de Barboza, principalmente pela imagem que tem deixado nos seus combates. A vitória apesar de dividida para os juizes, devo dizer que assenta bem ao brasileiro e sem grande polémica, ao contrário de outras decisões divididas. Ambos sairam com imagem reforçada do combate e acima de tudo com a carteira mais recheada, pois a performance valeu-lhes $100 000 como luta da noite.
Espero que tenham visto e gostado do evento, e conto com as vossas opiniões sobre o mesmo e sobre a crónica. Cumprimentos a todos!!
Rubius- Backyard Wrestler
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Re: MMA Star Cronics # 4 - 5 conclusões do UFC 134
Apenas não gostei de ter de editar..
Quando postas, poe em formato de fórum, não de blog (principalmente imagens)
Quando postas, poe em formato de fórum, não de blog (principalmente imagens)
Rubius- Backyard Wrestler
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Data de inscrição : 04/08/2011
Re: MMA Star Cronics # 4 - 5 conclusões do UFC 134
Isto sim é uma crónica, umas opiniões, esclarecimentos, etc. Da semana passada para esta subida de 200% tás de parabéns.
Arts- Jobber
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Data de inscrição : 19/08/2011
Morishima- Nº1 Contender
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Data de inscrição : 08/08/2011
Idade : 28
Localização : Porto
Re: MMA Star Cronics # 4 - 5 conclusões do UFC 134
Muito bom dude, continuação de bons artigos ;)
Convidad- Convidado
Re: MMA Star Cronics # 4 - 5 conclusões do UFC 134
Obrigado a todos pelos comentários relativos à crónica. Gostava também de saber o que acharam do evento
Rubius- Backyard Wrestler
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